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sábado, 11 de setembro de 2010

....O meu menino que chovia...


 " O menino chovia. E não era chuva, chuvisco, chuvinha. Era chuva, trovão, trovoada. Por qualquer coisa, coisinha,o menino relampejava. A casa toda tremia, o chão até balançava, raios por toda a cozinha sempre que tinha salada. A empregada saía correndo, e a mãe também, chamuscada. E o menino chovendo, chovendo, pedindo macarronada. O pai imitava macaco, a mãe dançava na pia, tudo isso por medo da chuva, e pra ver se o menino comia. E todo dia era assim, uma chuva sem fim, chuvarada. Por qualquer coisa, coisinha...o menino relampejava. "
O Menino que Chovia (Ed. Companhia das Letrinhas), de Cláudio Thebas

Ao ler esse trecho no blog Mães Mothernas,  eu consegui visualizar meu filho, Theo, numa de suas crises de birra....tenho quase certeza de que mais essa fase vai passar, então haja paciência!!!rsrs. Durante essas ´´trovoadas´´, fico me perguntando ´´pra quê isso´´? E encontrei a resposta:


´´A birra acontece para a criança testar os nossos limites, expressar suas vontades e funciona até mesmo como um pedido de ajuda. Mas é inconsciente! É como se ela nos falasse: Ei, eu não sei lidar com essa frustração e explodi! Nos poucos minutos que duram o ataque, você entra em desespero. Não sabe o que fazer para controlar seu filho enquanto seu nervosismo chega à flor da pele. Lidar com esses escândalos, principalmente quando acontecem em público, é difícil mesmo, mas é bom pensar que essa é uma ótima oportunidade para educá-lo e para reverter a cena de forma que não volte a acontecer. Pelo menos enquanto durar a nossa esperança. “Educar é o desafio de toda uma vida, é cansativo, dá trabalho, mas traz recompensas maravilhosas. Para trilhar por esse caminho, o primeiro passo é manter a calma e não levar a provocação da criança para o pessoal, ou seja, se sentir desrespeitado, abusado, ou achar que seu filho está fazendo você de bobo. Não é por aí. Aquele ser tão pequenino não tem noção que mexeu com o seu orgulho ou que o desafiou. Não caia nessa!”
Silvana Rabello, psicóloga e professora da PUC (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).

 Sempre fui a favor de uma educação com base no diálogo, olhando nos olhos da criança...mas agora percebo como é dificil...mas não podemos desistir. 

Uma questão de confiança 
Organizar a rotina, impor regras e colocar limites, além, claro, de fazê-los cumprir, é o segundo passo. E você vai precisar de muita energia para pôr em prática. Hoje, essa tarefa está ainda mais difícil porque vivemos com pressa, nem sempre temos tempo para acalmar as crianças naquele momento, como contar uma história ou fazer um cafuné antes de dormir... Por isso, antes de perder a paciência e concluir que, dessa vez, seu filho passou de todos os limites, é melhor analisar o seu próprio momento. Principalmente, quando o ataque histérico começa em plena quinta-feira à noite, logo após aquela reunião estressante que você teve durante o dia. Será que o seu limite para lidar com seu filho está mais curto do que aquele que você deu a ele? Nesse momento, sua tolerância pode estar menor e sua reação vai ser acompanhada de outros sentimentos: um cansaço extremo, a culpa por estar longe muito tempo ou até uma daquelas situações que tiram você do sério (uma conta do celular mais alta do que o esperado, o vizinho que arranhou seu carro, a chuva que pegou desprevenido...). Será que sua reação seria muito diferente caso a birra tivesse acontecido na tarde de um domingo de sol, por exemplo?
O seu limite pode causar confusão na cabeça da criança. Sabe quando ele parece ter decidido simplesmente não dormir naquela noite? Se para você a rotina é muito importante – e, sabemos, fundamental para ele acordar bem no dia seguinte – não dá para mudar as regras. Ele pensa: mas se até ontem não podia, por que hoje tudo bem ficar acordado até a hora que quiser? Claro que se o pedido for inofensivo, como jantar uma vez em frente à TV, tudo bem. Afinal, esse aí faz parte da lista do de-vez-em-quando-pode, também saudável para vivermos bem. “Até mesmo a flexibilidade é algo a se aprender com o tempo”, diz a psicóloga infantil Simone Savaya. E nada melhor do que aproveitar momentos como esses para ensinar isso.
Regras e limites são a base da confiança na relação entre filhos e pais. Apesar da tentação, não é mesmo fazendo tudo o que a criança quer que a fará feliz. É uma questão de afeto. Vamos colocando os parâmetros para que, um dia, ele pare e pense: “Bem, se a minha mãe está falando ‘não’, deve ser por um bom motivo”. Mesmo que ele primeiro reaja mal, vai chegar a essa conclusão e, o melhor: entender sempre que você está lá para ampará-lo, não importa a situação. Hoje você evita que ele caia da escada; amanhã, que ele se envolva numa briga na hora do recreio... 

O peso certo
Enquanto essas preocupações mais complexas ainda não chegaram, o melhor a fazer é entender que essa fase vai acontecer – e vai passar. Da sua parte, cabe a tarefa de educar a forma mais eficiente e bem-humorada possível. Por isso, da próxima vez que você ouvir aquele pedido: “Mãe, posso comer um biscoito?”, meia hora antes do almoço, você vai dizer que não e esperar a tempestade chegar. Pode ser que ela não venha se surgir a proposta de uma brincadeira ou um pedido de ajuda para colocar a toalha na mesa ou apertar a massinha da torta. Mas se acontecer, abaixe-se na altura do seu filho e pergunte se ele quer brincar de imitar, por exemplo, um sapo! Pelo menos, foi dessa forma que o avô do Menino que Chovia, livro que abriu esta reportagem, acabou com a sua tempestade. Se não for sapo, que seja pinguim, borboleta, cachorro, mas que divirta e faça da birra em vez de um drama, um momento especial entre você e seu filho. Experimente!


Dentre as várias técnicas que já usamos para ´´escapar´´ das birras dele, estão:

  • Mudar de assunto: Quase sempre resolve, o pior é quando não aparece um assunto que ele ache interessante...rsrs
  • Fingir que não é com a gente: Também tem resultado quase sempre garantido, o pior é quando ele insiste rsrs 
Mas dentre todas as técnicas mirabolantes de tentar driblar os ataques, a melhor com certeza é essa citada acima.... entender o ´´porquê´´, parar o que está fazendo e olhar para ele, é tudo que ele precisa, mas não sabe pedir ainda.....
vamos tentar!!! Sempre!!

Para Saber mais:
3 tipos de pais mais vulneráveis a ter filhos (bem) birrentos

Créditos: RevistaCrescer, Blog Mães Mothernas

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